domingo, 28 de fevereiro de 2010

PREMISSAS II
A SEGUNDA PAGINA DA CARTA
Aos vinte anos conheci Clara. Linda ruiva de olhos verdes; perfeita. Nesse momento esqueci todo horror que vivi, todo o mal do meu coração desapareceu. Sempre que eu a via ela estava com Marcus. Um cara insuportável. Só de olhar pra ele meu sangue fervia.
Passei a trabalhar na loja onde clara trabalhava. Sempre tentava ficar a sós com ela. Mas não conseguia. Marcus sempre a buscava no trabalho. Ódio era tudo que sentia novamente. Meu coração fervia. Alguns meses se passaram comprei uma arma e matei o desgraçado. No velório eu consolei Clara, passamos a ficar sempre juntos, nos aproximei cada vez mais, eu dizia a ela para esquecer o que havia acontecido com Marcus. Aos poucos eu ganhei sua confiança e passamos a namorar.
Com vinte e três anos nos casamos. Tivemos uma filha que se chamava Ester, uma linda menininha dos olhos verdes. Com a luz tímida do pôr-do-sol. Vivíamos sempre felizes.
Eu trabalhava e Clara cuidava de Ester. O que eu não sabia era do monstro que deixava em casa com minha filha. Ester faleceu aos três anos por envenenamento, Clara a matou. Senti de novo o tumor no meu coração. Perguntei a Clara por que ela fez isso. Ela me disse que encontrou minha arma e que nunca me amou. Disse que sabia que o matei Marcus, mas que não queria acreditar. Eu enlouqueci, pedi a ela um beijo. Ela se aproximou e eu disse que ela estava enganada. Ela se aproximou, pensei em dar-lhe um beijo de quimera. Mas, para minha surpresa ela me apunhalou na barriga.  Eu cai e ela foi embora correndo. Eu acordei excitado com a atitude dela, fiquei louco. Sabia que como toda filhinha idiota ela iria para casa da mãe. À noite invadi a casa e crucifiquei seus pais.  Entrei em seu quarto e dei uma facada em seu peito. Desci rasgando ate o joelho. Ela gritava e eu sentia ainda mais prazer. Arrependi-me depois por que ela morreu muito rápido. Fui para casa peguei o dinheiro e viajei para outra cidade. Já não tinha mais motivo pra viver, não tinha ninguém pra matar ou amar. Sentia-me vazio. Então fui ao parque da cidade.

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